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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

A Construção de um Período

Há períodos
simples e compostos.

Há no Redafácil outros artigos referentes ao erro que se comete ao dizer que, numa redação, "período" e "parágrafo" são a mesma coisa. Nesses mesmos artigos estão explicadas as diferenças. Com frequência, ouvimos dizer também que "oração" é o mesmo que "frase", o que também não é verdade, e as diferenças neste caso também estão explicadas em artigos sobre frases e orações. 
Há períodos que são constituídos por apenas uma oração, e talvez este seja o motivo que faz algumas pessoas cometerem o erro de pensar que "período" e "oração" sejam a mesma coisa. Nestes casos específicos o período é simples, mas há também os períodos compostos. 
O período simples é aquele em que os termos essenciais, integrantes e assessórios de uma oração podem ser representados por outra oração. Analisemos o período abaixo:

- Os dias passam, a semana finda, o mês também. 

No exemplo acima há três orações: "os dias passam", "a semana finda" e "o mês também". Embora diferentes entre si, são orações de mesma natureza. São autônomas, independentes, cada uma com sentido próprio, mas ao mesmo tempo cada uma das seguintes complementa a anterior. São, por isto, orações coordenadas. Portanto, o período, neste exemplo, é composto por coordenação. Agora, observe o exemplo seguinte:

- Eu não imaginava que aquilo que os cientistas descobriram era tão importante. 

Há também no exemplo acima três orações: "eu não sabia", "que aquilo que os cientistas descobriram" e "era tão importante". Porém, este exemplo difere do anterior quanto à estrutura. A primeira oração já contém a declaração principal do período, pois nela eu confirmo que eu não sabia de algo. Entretanto, para completar a comunicação, precisei recorrer ao emprego das outras duas. Isto tornou cada uma das três dependente das outras duas. Neste caso o período é composto por subordinação. Quando isto acontece, una das orações, mesmo sendo subordinada a outra ou às outras, é a principal. No exemplo, esta é "era tão importante". É a que define a mensagem contida no período. 
Isto significa que a oração principal, mesmo que seja subordinada a outra ou outras, sempre se torna um suporte às outras. É o sustentáculo do período em que está inserida. Entretanto, é importante lembrar estas três definições básicas:

- A oração principal não exerce funções sintáticas em outra oração do mesmo período. 
- A oração subordinada sempre exerce uma função sintática outra oração porque é um termo ou faz parte de um termo desta.
- A oração coordenada nunca é termo de outra oração nem se refere a esse termo, mas pode se relacionar com outra oração coordenada. 

São funções sintáticas o sujeito da oração, os objetos direto e indireto, o predicativo, o complemento nominal, o agente da passiva, o adjunto adnominal, o adjunto adnominal, etc. Portanto, não cometa o engano de pensar que é possível fazer uma boa redação sem se dedicar muito ao estudo da gramática. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

As Conjunções Subordinativas

Fonte: professor Diógenes Afonso.
Para ler melhor, clique no quadro.
Como o nome indica,
elas subordinam 
uma oração a outra.


No artigo anterior, estão expostas informações sobre as conjunções coordenativas. Neste, é dada a continuidade ao tema abordando as conjunções subordinativas, sempre destacando a importância de se obter esses conhecimentos para aplicá-los adequadamente nas redações. Aqui, limito-me a dizer quais são os tipos de conjunções subordinativas. Além dos exemplos que cito, observe os do quadro acima.
As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a outra, de nível sintático superior (oração principal). Elas podem ser integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, proporcionais, temporais e finais. São integrantes quando introduzem uma oração que assume a condição de sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo, aposto, agente da passiva ou complemento nominal de outra oração. Apesar disto, só existem duas conjunções integrantes: "que" e "se". É fácil observar quando estas duas palavrinhas são conjunções: basta verificar que o "que" garante uma certeza e o "se" representa uma dúvida. Exemplos:
  • Afirmo o que sei.
  • Irei à reunião se eu puder.
A conjunção causal (porque, já que, pois, etc.) estabelece uma relação de causa e consequência entre duas orações que representam dois fatos diferentes mas relacionados entre si. Exemplos:
  • Foi ao médico porque não se sentia bem.
  • O governo fez isto, pois era necessário.
  • Como fazia muito calor, as janelas foram abertas.
A conjunção comparativa inicia uma oração como segundo membro estabelecendo uma comparação. Algumas conjunções deste tipo: "mais... do que", "mais... que", "menos... que", "menos... do que", "como se", "pior que", etc.
  • Este carro é mais caro do que muitos outros.
  • O ouro é mais valorizado que a esmeralda.
  • Agiu como se fosse um líder.
  • Foi pior do que imaginei. 
  • O pior livro que eu já li.
A conjunção concessiva inicia uma oração subordinada em que se admite um fato contrário ao proposto pela oração principal. A conformativa inicia uma oração subordinada exprimindo conformidade com a principal. A consecutiva apresenta a oração subordinada como consequência da principal. A proporcional revela uma proporcionalidade entre as duas orações. A temporal exprime tempo e a final funciona como adjunto adverbial de finalidade. Os exemplos podem ser vistos no quadro.
Às vezes, uma conjunção é precedida ou sucedida por uma vírgula, mas raramente por um ponto. Como cada categoria de conjunções tem suas próprias especificidades, para classificar uma conjunção é preciso observar se ela pode ser substituída sem mudar o sentido da frase ou do período. O "que", por exemplo, pode ser uma conjunção aditiva se puder ser substituído pela conjunção "e". Exemplo: "Faça isto, que você verá o que acontecerá."/"Faça isto, e você verá o que acontecerá."

sábado, 9 de janeiro de 2010

1 - Primeiro, escolha o tema e organize as idéias.

Escolhido o tema, caso haja tempo (se você não estiver, por exemplo, fazendo uma prova), leia em revistas, jornais, etc., tudo que você puder sobre o tema. Mas se você fará uma prova, não tem como saber quais serão os temas propostos; por isto assista frequentemente a telejornais, leia todas as notícias em revistas e jornais impressos e "online" sempre que puder. Em resumo: mantenha-se bem informado sobre tudo que puder, especialmente os fatos mais recentes relacionados à política nacional e internacional, direitos, cidadania, saúde, educação, etc.

Começando a escrever

No momento em que estiver se preparando para iniciar sua redação, organize as idéias sobre o que você quer escrever. Escolha palavras de fácil compreensão para todos, mas procure evitar gírias - em certas situações elas podem ser inconvenientes. Cada parágrafo deve ter pelo menos três orações. Uma oração é uma frase com sentido próprio, mas que ao mesmo tempo é uma sequência do sentido da oração anterior.
Evite orações muito longas. Substitua uma oração longa por duas ou três curtas. Por exemplo:
  • Em vez de escrever:

    "Eu gostaria de ir ao cinema hoje para assistir àquele filme, que quero tanto assistir, mas creio que não terei tempo e talvez possa assisti-lo amanhã."
  • Escreva:

    "Eu gostaria de poder ir ao cinema hoje. Quero assistir àquele filme. Creio que não terei tempo, talvez seja melhor assisti-lo amanhã."

E quanto ao resto do texto?

Cada oração deve encerrar um sentido próprio, mas deve ser uma sequência do sentido da oração anterior. Desta forma os sentidos de todas as frases encerram o do parágrafo inteiro. Por sua vez, cada parágrafo é uma sequência do anterior. É isto que dá ao leitor a condição para que ele entenda a mensagem contida no texto.

A seguir: "Os parágrafos e os períodos"

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

2 - Os Parágrafos e os Períodos


Era o meu próprio cachorro. Rosnava como outro cão qualquer, mas a escuridão me impedia de vê-lo nitidamente. Porém, a luz da lanterna me permitiu vê-lo melhor. Rosnava porque eu me aproximava, mas ficou tranquilo a partir do momento em que percebeu que a pessoa que se aproximava era eu. 

O exemplo acima é um parágrafo com três períodos. Isto quer dizer que um parágrafo pode ter quantos períodos o autor desejar (três ou quatro períodos, no máximo, já são o ideal para evitar que o texto se torne enfadonho para o leitor). O primeiro período informa que o animal, personagem central da narrativa, era o cão do próprio narrador. Os demais períodos informam que o dono do cão queria ter certeza de que o animal que rosnava era mesmo o seu, e que o animal também queria ter certeza de que a pessoa que se aproximava era mesmo seu dono. Ao final do parágrafo, concluem-se as duas certezas. 

O primeiro parágrafo e os tipos de períodos

Num livro, a introdução tem a função de informar o leitor sobre o tela tratado na obra. Numa redação, o título informa o tema a ser lido, mas o primeiro parágrafo é a introdução do texto. Ou seja: o primeiro parágrafo tema a função de complementar a apresentação contida no título.
O segundo parágrafo, da mesma forma que o primeiro, encerra uma idéia própria, mas ao mesmo tempo é uma sequência da informação contida no primeiro. O terceiro parágrafo é uma sequência do segundo, e assim por diante. É desta forma que, ao final, todo o texto traz várias informações, porém todas relacionadas numa sequência que dá ao leitor a noção de um sentido único ou de várias informações relacionadas a um tema central. 
Deve-se usar sempre períodos curtos. O uso de períodos longos não é errado, mas o uso de períodos curtos torna a leitura do texto mais agradável, mais clara e objetiva. Veja os dois exemplos a seguir:

Período longo:
O sol ardente, típico dos verões tropicais, fazia com que as camisas dos homens que trabalhavam arduamente perecessem ter sido colocadas debaixo de uma chuva torrencial, enquanto eles reclamavam do excessivo suor e do calor. 

Períodos curtos:
O sol estava ardente, típico dos verões tropicais. As camisas dos homens que trabalhavam arduamente parecia ter sido expostas a uma chuva torrencial. Eles reclamavam do calor e do excessivo suor. 

Um período pode ser simples ou composto. O simples encerra um pensamento completo como o do início do exemplo utilizado neste artigo para um "primeiro parágrafo: "Era o meu próprio cachorro."
Num período composto, os pensamentos podem ser articulados por coordenação ou subordinação. Eis um exemplo de período composto por coordenação:
"Eram seis horas da manhã e todo o pessoal da fazenda se preparava para iniciar os trabalhos."

Abaixo, segue um exemplo de período composto por subordinação. Perceba, no mesmo, que a oração subordinada é um fragmento de uma frase.
"O pessoal da fazenda já se preparava para os trabalhos, eram seis horas da manhã."

Não se esqueça de que o período também pode ser chamado de "oração". À primeira vista, esta informação pode não parecer importante, mas numa prova ela pode ser muito significativa.  Além disso, há situações em que o período ou oração apresenta ao mesmo tempo uma coordenação gramatical e uma subordinação "psicológica". Por exemplo:
"João não trabalhou hoje. Ele estava doente."
Observe que, neste caso, não é a segunda oração que complementa a primeira, é a primeira que complementa a segunda. Poder-se-ia escrever "João estava doente; logo, não trabalhou hoje."

Pode-se ainda usar uma justaposição gramatical, recurso também conhecido como "coordenação assindética. Exemplo:
"Houve trovões, chuvas torrenciais durante a manhã. À noite, céu estrelado, límpido."

Quando os pensamentos são ligados por períodos compostos, pode ocorrer uma concatenação simples, um contraste, uma explicação ou uma subordinação em geral. Exemplos:

  • Concatenação simples: "Ela convenceu seu amigo, logo soube por ele o que queria saber."
  • Contraste: "O carro era originalmente amarelo, mas a ferrugem excessiva não permitia visualizar a cor". 
  • Subordinação em geral: "Ao saber o que ocorrera, Flávio ficou surpreso."
Esses exemplos mostram que a construção da frase dá um sentido "psicológico" através da ênfase dada a uma palavra ou a uma das partes da oração ou período. Portanto, a análise lógica é o instrumento que facilita ao leitor a compreensão da estrutura lógica da frase. Entretanto nem sempre abrange importantes aspectos de expressão do autor, tais como seus desejos e suas emoções. Neste caso, a pontuação dentro das frases (como a vírgula nos exemplos acima) facilita a compreensão da mensagem.


A seguir: "A sintaxe das frases"

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O que é uma sintaxe?



A pergunta foi feita 
por um leitor.
 
Um leitor do Redafácil enviou-me a seguinte mensagem:
"Meu professor disse que, para fazermos uma boa redação, é preciso termos cuidado com a sintaxe. O que é uma sintaxe?" 
Talvez esta seja uma pergunta de interesse de outros leitores. Por isto, exponho a explicação aqui.
A sintaxe é o conjunto de regras que devem ser observadas para que se possa escrever uma frase corretamente. É a forma como as palavras são dispostas na frase e como as frases são dispostas no texto, interligadas entre si para formar a estrutura da redação. "Estrutura", neste caso, é a organização das palavras, das expressões e das informações essenciais que serão incluídas no texto. A sintaxe é importante porque a unidade falada é a oração. A oração é uma estrutura constituída em torno de um verbo. Por exemplo:

"A moça estava acompanhada por uma amiga."
O elemento principal da oração é o verbo "estar". Todo o resto da frase foi composto em torno dele.  Quem estava? A moça. Como estava? Acompanhada por uma amiga.

A pessoa que escreve cria a oração. O leitor, obviamente, a lê. Por isto, o exemplo tão simples dado acima deve servir como base para observar os cuidados nos casos de orações mais complexas. Isto, no entanto, não é tão difícil: basta observar a lógica da combinação entre as palavras, expressões, etc., com o contexto da redação.
 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

4 - Como evitar repetições excessivas de palavras

Como muitos outros idiomas, o português contém várias palavras com um mesmo significado. Isto facilita muito a produção de um texto pouco repetitivo. Também é possível evitar a repetição de uma mesma palavra num mesmo parágrafo através de um recurso chamado "supressâo". Veja o exemplo abaixo:

"A música sempre fez parte da vida de Antônio Carlos Gomes desde sua infância. Quando criança, ele já gostava muito de ouvi-la. Em sua vida adulta, tornou-se um dos mais famosos brasileiros a executá-la com grande talento."

No exemplo dado, o tema central é a música. Não uma determinada obra, mas a arte musical. Perceba, porém, que a palavra "música" aparece apenas uma vez, como sujeito ("A música") da primeira oração. No segundo período, ela está substituída por "obra". No terceiro, ela é substituída pela partícula "-la", na flexão do verbo "executar" ("executá-la"). Note, também, que em "Não uma determinada obra..." eu evitei "obra musical" para evitar a repetição de "musical", que aparece na expressão "arte musical".
Observe o parágrafo acima. Ele também revela exemplos de substituição e de supressão de palavras e expressões. A expressão "a palavra 'música'", que aparece na segunda oração, foi substituída por "ela" na terceira. Na terceira frase, "oração" foi substituída por "período". No início da última, ("No terceiro, ...") a palavra "oração" foi suprimida. Neste parágrafo, ela foi repetida propositalmente para efeito didático. 
Conhecer várias palavras com mesmo significado é muito fácil. Basta adquirir o saudável habito da leitura. Leia muito, sempre que puder, revistas, livros, jornais, etc. Ler muito custa caro? Nem sempre isto é verdade. Em muitas cidades, existem bibliotecas públicas, onde livros e revistas podem ser lidos por crianças e adultos gratuitamente. Geralmente essas bibliotecas têm programas de empréstimos de livros e revistas, dando ao interessado um determinado prazo (de uma semana a um mês) para a devolução da obra. 
Sempre que possível, ao encontrar uma palavra que você ainda não conhece ou não sabe seu significado, anote-a, guarde a anotação e, depois, procure-a num dicionário para descobrir o que significa. Provavelmente desta forma você nunca mais a esquecerá, e aos poucos enriquecerá seu conhecimento de palavras. Pessoas bem sucedidas em redação costumam usar este recurso. 
Lembre-se: muita gente pensa que "termo" e "palavra" são sinônimos. isto não é verdade. A palavra é um grupo de fonemas - que na escrita são representados pelas letras - com um significado. O termo pode ser representado por várias palavras ou por apenas uma (daí o motivo da confusão), desde que demonstre uma maneira peculiar de se expressar.

A seguir: "Os tipos de redação" 

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

As Conjunções nas Redações

Elas são palavras invariáveis
que conectam dois termos
intercomplementares.


Para construir suas frases e formar seus parágrafos de maneira bem organizada em suas redações, é muito importante que os estudantes entendam por que existem as conjunções. São palavras inevitáveis em qualquer texto, mas também se tornam excelentes recursos quando o autor da redação conhece bem suas funções. São palavras cujas formas nunca variam e conectam orações ou dois termos que tenham a mesma função sintática, estabelecendo uma relação de dependência ou coordenação entre eles. Não devem ser confundidas com as locuções conjuntivas, que são palavras que, como o nome indica, exercem a função de conjunção num enunciado. Há alguns exemplos de conjunção no quadro acima, mas existem outras, tais como portanto, logo, pois, como, porque, entretanto, nem, quando, hora, etc. As conjunções essenciais dão também chamadas "conjunções propriamente ditas": e, nem, mas, porém, todavia, entretanto, etc.
As conjunções coordenativas ligam duas orações de mesmo nível sintático ou dois elementos de mesma função num enunciado. Podem ser aditivas (em Portugal, copulativas), adversativas, alternativas (em Portugal, disjuntivas), conclusivas, explicativas e subordinativas. As aditivas estabelecem uma relação entre duas orações destacando uma ideia de adição. As adversativas ligam duas palavras ou orações expressando oposição ou contradição. As conjunções alternativas dão, como o nome indica, ideia de opções, escolhas. A conjunção conclusiva liga uma oração anterior à seguinte, tornando esta uma conclusão daquela. As explicativas exprimem justificativas. Exemplos:
  • Conjunções aditivas:
    Deus fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo.
    Não consenti nem proibi.
  • Conjunção adversativas:
    Fiz tudo que pude, mas não consegui evitar.
    Era um homem honrado, mas não lhe acreditaram.
  • Conjunções alternativas:
    Ou vai, ou fica.
    Queira ou não, você tem que estudar.
    Eu queria ir, mas não pude.
  • Conjunções explicativas:
    É preciso explicar claramente, pois o povo precisa entender.
    Eu o fiz porque era necessário.

Além destas, há as conjunções subordinativas. Cada conjunção subordinativa liga uma oração subordinada a uma oração principal. Como uma dessas orações é dependente da outra, ela pode exercer diversas funções assumindo características específicas de cada uma delas.  Existem vários tipos de conjunções subordinativas, mas estes serão abordados na próxima postagem.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

39 - Colocação Pronominal - 1.ª Parte: A Próclise

A próclise, 
a ênclise e a mesóclise
integram um conjunto de regras
muito importantes para que uma redação
tenha um bom nível qualitativo:
a colocação pronominal.


Próclise, ênclise e mesóclise. Estas três palavras causam muitas preocupações entre as pessoas que pretendem participar de um exame vestibular ou um concurso público.  "Parecem nomes de filósofos gregos", disse-me um dia um amigo, brincando. Não são, evidentemente, nomes de pessoas, mas realmente são de origem grega, e seus significados estão relacionados às posições que os pronomes oblíquos átonos ocupam em relação ao verbo numa oração ou período. Na linguagem popular essas posições raramente são respeitadas, mas para uma boa redação, principalmente com finalidades formais, devem ser rigorosamente consideradas. 
Neste artigo, ater-me-ei (isto é uma mesóclise) aos principais pontos referentes à próclise. Nos próximos, referir-me-ei à ênclise e à mesóclise.
Como já está definido no parágrafo anterior, a colocação nominal é a posição que os pronomes pessoais oblíquos átonos ocupam numa oração ou frase em relação ao verbo a que se referem. Os pronomes são palavras cujos significados são apenas categoriais. Ou seja: são relacionados a determinados conceitos ou categorias. Por isto, a análise de um pronome isoladamente não nos permite identificar um significado específico e definitivo para ele. Esse significado dependerá do sentido que o autor do texto quer dar à frase e das outras palavras inseridas na mesma. Os pronomes oblíquos apresentam flexões que variam em relação ao número (singular ou plural), gênero (masculino ou feminino) e pessoa. Esta última é a principal flexão, porque define a pessoa no contexto. 
Os pronomes oblíquos átonos são aqueles com acentuação tônica fraca. Exemplos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, los, as, las, lhes, etc. O "lhe" é o único pronome oblíquo átono que apresenta uma contração. Isto acontece porque resulta da união entre os pronomes "o" ou "a" e as preposições "para" ou "a". Por estar sempre na condição de acompanhante direto de uma preposição, é também um objeto indireto. Todos os demais pronomes oblíquos átonos são sempre objetos diretos. 
Próclise é um caso específico de colocação pronominal em que o pronome oblíquo átono é situado antes do verbo. Embora popularmente seja utilizada nas falas de forma generalizada, na escrita correta a próclise nunca deve ser utilizada no início de uma oração ou frase. Popularmente costuma-se dizer "Me faz este favor.", mas a forma correta é "Faça-me este favor."(*)
Outro exemplo?  Popularmente se diz: "Naquele lugar se trabalha o dia inteiro." Formas corretas: 
  1. Naquele lugar, trabalha-se o dia inteiro.
  2. Naquele lugar as pessoas trabalham o dia inteiro.

(*) Este é um exemplo de ênclise. 

No próximo artigo: Colocação Pronominal - 2.ª Parte: A Ênclise


sexta-feira, 19 de março de 2010

RESULTADO DA SEXTA ENQUETE


Nenhum leitor participou da sexta "enquete" do do "'Dicas' Fáceis para Redação". A pergunta foi: 

Uma canção romântica do cantor e compositor brasileiro Tito Madi começa assim:
"A noite está tão fria. Chove lá fora."


O trecho apresenta:


Uma oração com sujeito simples e uma oração sem sujeito. A resposta correta e a da opção "d". 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Os Usos Corretos de "Para Mim" e "Para Eu"

Basta lembrar
que "mim"
não pode ser
o sujeito da oração.


Mesmo os grandes mestres da Língua Portuguesa às vezes cometem pequenos erros gramaticais, e o excessivo uso da linguagem popular muitas vezes nos faz esquecer certas regras simples mas necessárias no uso da linguagem coloquial. Por isto, em muitas redações cujo texto deveria ser formal, encontramos expressões inadequadas como "para mim fazer", "para mim ter", etc.
Este artigo é bem curto porque a explicação sobre o tema não precisa ser muito detalhada. Basta lembrar que "mim" é um pronome pessoal oblíquo e, por isto, não pode ser usado como o sujeito de uma oração. A explicação por meio de exemplos torna o entendimento mais fácil. Então, eis alguns exemplos.

Errado:
Isto era para mim fazer.
Isto era para eu fazer.

Correto:
Isto era para que eu fizesse.


Errado
Pensei que isto fosse para eu.

Correto:
Pensei que isto fosse para mim.


Errado:
Para eu, tudo estava claro.

Correto:
Para mim, tudo estava claro.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

As Várias Funções da Partícula "Se"

A palavra ou partícula "se"
tem funções diferentes para cada contexto em que ela é utilizada.




Saber quais são essas funções e os contextos certos aos quais elas se aplicam é fundamental para evitar perda de pontos numa redação e em questões sobre interpretação de textos durante uma prova. No entanto, é muito fácil identificar essas funções. Observe  as funções da partícula "se" na ilustração e as seguintes explicações:

1 - Pronome reflexivo:
Quando indica o sujeito executando uma ação em relação a si mesmo. 
Exemplos:
  • Ele se manifestou
  • Eles se entreolharam.
  • Ela se sentiu mal.
  • Você se referiu.
2 - Partícula integrante do verbo:
Quando a partícula está relacionada a verbos pronominais.
Exemplos:
  • Queixou-se quanto aos problemas.
  • Foram-se todas as pessoas. 
  • Estima-se que a população tenha aumentado em mais de 50%.
Nunca se deve dizer "Ela vive queixando-se" ou "A água está esvaindo-se". A partícula deve vir sempre antes do verbo quando este estiver no final da frase ou da oração. É fácil lembrar isto: basta lembrar que o sujeito da oração atrai a partícula.

3 - Partícula apassivadora:
Quando se liga a verbos transitivos diretos para apassivá-los. 
Exemplos:
  • Vendem-se casas.
  • Proponha-se que eles viessem.
  • Fazem-se lindos tapetes em Ipatinga.

4 - Partícula expletiva:
Quando a partícula é associada a verbos sem desempenhar funções  sintáticas.
Exemplos:
  • Ele acabou de sentar-se.
  • Eles preferiram abster-se.
5 - Conjunção integrante:
Quando é uma conjunção que introduz orações subordinadas substantivas.
Exemplos:
  • Ele me perguntou se eu gostei do livro.
  • É preciso definir se a prova será oral ou escrita.
  • Foi como se a chuva nunca mais fosse parar.
6 - Conjunção subordinativa condicional:
Quando introduz orações subordinadas adverbiais condicionais.
Exemplos:
  • Eu irei se você não se importar.
  • Ela deixará um recado se você não estiver e casa.
  • Se não chover à noite, talvez eu vá ao cinema.
7 - Sujeito acusativo:
Quando a partícula "se" assume as funções de objeto direto em relação a um verbo e sujeito em relação a outro ao mesmo tempo.
Exemplo: 
  • Elas deixaram-se levar por seus desejos.
  • Eles fizeram-se presentes ao evento.
8 - Índice de indeterminação do sujeito.
Quando indica um sujeito indeterminado.
Exemplos:
  • Vendem-se casas.
  • Precisa-se de especialistas em informática.
  • Fala-se muito sobre violência urbana.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Não confunda "tese" com "tema".

Esta é uma das razões
de perdas de pontos
em redação numa prova.

Não são apenas estudantes. Acontece com muita gente em concursos públicos e até mesmo nas relações de trabalho. Nas redações os temas são frequentemente apresentados em forma de tese. Para resolver este problema, inicialmente é preciso saber o que é um tema e o que é uma tese. Sabe-se que o tema é o assunto a ser tratado na redação. No entanto, esse conceito é bastante restrito. O tema, na verdade, é um objeto em discussão. Para se ter uma ideia melhor do que isto queira dizer, podemos citar uma frase como exemplo: "O carro estava estacionado na rua mais próxima." Nesta frase, o tema, que também é o sujeito da oração, é "o carro". É importante lembrar que, numa redação, o tema também é chamado "tópico". 
A tese é uma proposição, mas isto não significa que um tema proposto para uma redação seja uma tese. A tese não é o tema, é a defesa de uma ideia ou de um ponto de vista sobre o tema. Eis aí a grande diferença entre as duas coisas. Quando, numa redação, o autor demonstra que faz confusão entre ambas, isto significa que a dificuldade está na forma como ele apresenta sua proposição. "Proposição" é a forma como se descreve o conteúdo de asserções, e uma asserção é uma informação que pode ser interpretada como verdadeira ou falsa por quem a lê. Neste caso o problema de quem faz a dissertação está na dificuldade de argumentação. 
A argumentação é a capacidade de relacionar fatos, ideias e opiniões. O problema está no fato de que os argumentos são os principais elementos que estruturam a redação e fornecem elementos para que ela seja avaliada. É por isto que, dependendo da forma como ela é desenvolvida, o autor pode obter uma ótima ou uma péssima nota. Não há técnicas infalíveis para obtenção de resultados em argumentação, mas o mais importante é que o redator tenha uma boa dose de conhecimentos sobre o tema proposto. O conhecimento deve ser enriquecido todos os dias, com boas leituras sobre todos os assuntos possíveis, preferencialmente os que estão em debate atualmente. Entretanto, você pode verificar mais algumas dicas aqui.  

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A Relação Entre as Palavras "Companheiro" e "Pão"

A origem 
da palavra "companheiro"
tem relação
com um relato bíblico.

Certamente você já usou esta palavra em muitas redações. Também certamente você a empregou corretamente, embora sem conhecer sua origem. Porém, é interessante conhecer essa história. A palavra "companheiro" e sua forma feminina, "companheira", são usadas por nós quando nos referimos a uma pessoa com quem convivemos, com quem trabalhamos, com que estudamos ou com quem compartilhamos alguma coisa, alguns momentos na vida, etc. O significado é realmente este, mas nem todos conhecem a razão do mesmo. Segundo alguns especialistas em semântica (estudo dos significados das palavras), esse significado tem origem religiosa. Para ser mais exato: origem bíblica.
De fato, quando nos referimos ao que conseguimos adquirir com os salários que recebemos, usamos a expressão "nosso pão de cada dia", cuja origem é um trecho da oração conhecida como "Pai Nosso": "O pão nosso de cada dia nos dai hoje...". A palavra "pão", neste caso, não tem como significado o conhecido alimento que compramos nas padarias. É uma metáfora que tem como significado não apenas os nossos alimentos, como muita gente pensa, mas tudo que compartilhamos com alguém (familiares, amigos, colegas de trabalho, etc.) todos os dias. Vem daí também as palavras "companheirismo", "companhia", "companheiro", "acompanhamento" e os verbos "acompanhar", "compartilhar", etc. 
A palavra "companheirismo" se relaciona ao ato de "comer do mesmo pão". Isto significa que o verbo "acompanhar" também tem a mesma relação. Metaforicamente, relembra o momento em que, segundo a Bíblia, Jesus dividiu o pão com os doze apóstolos durante a famosa "Última Ceia" ou "Santa Ceia" na noite da véspera de sua crucificação. De acordo com o que a religião ensina, Jesus sabia que sua morte estava para ocorrer naquele dia e ceou com os apóstolos dividindo com eles o pão e o vinho para que eles e todos os seus seguidores se mantivessem unidos fraternalmente. Como a maioria das palavras da língua portuguesa, "companheiro" tem sua origem no latim, vindo da expressão "cum panis", que significava "com pão" ou "com quem se divide o pão". São da mesma origem, portanto, suas derivadas acima citadas. 

sábado, 14 de outubro de 2023

Diferenças entre "Religião" e "Seita"

Arquivo Google
"Religião" significa "religação".

"Seita" significa seguidor ou grupo de seguidores. 

Portanto, quem participa de uma religião

também participa de uma seita.


Discussões sobre diferenças entre uma religião e uma seita são muito frequentes. O fato é que as duas palavras têm significados diferentes mas quem participa de uma religião também participa de uma seita. A palavra "religião" vem do verbo latino religare, que significa "religar". Isto quer dizer que a religião é uma busca de religação. Em sentido estritamente religioso, é uma busca de religação entre o mundo material e o mundo espiritual. Entre a matéria e o espírito. Também pode ser entre a pessoa e Deus ou seja qual for a entidade espiritual na qual ela acredita. 

A palavra "seita" também tem sua origem no latim. Vem de "secta", que significa "seguir". Por esta razão, "sectário" tem o mesmo significado de "seguidor". A palavra "seita" também tem sua origem em "secta" e se refere a um grupo de sectários. Portanto, todas as pessoas que participam de atividades religiosas - desde uma simples oração a eventos em igrejas, etc. - também participam de seitas.



 

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O Código Escrito

O código escrito é,
em sua essência,
a própria redação.

Há vários significados para a palavra "código". Pode ser uma compilação de leis ou regulamentos, um conjunto de regulamentos aplicáveis a determinadas atividades ou um conjunto de símbolos que representam informações, ideias e/ou instruções. Numa redação, o código é um sistema de signos organizados para facilitar tanto a própria redação quanto a comprensao do leitor. 
Se você não leu o artigo anterior a este, por favor, leia-o. Se leu, deve se lembrar das diferenças entre a comunicação oral e a comunicação por escrito. A redação requer conhecimentos gramaticais suficientes para suprir a ausência de recursos que existem na comunicação oral (fala). Na fala, gestos, olhares, expressões faciais, etc., ajudam a compor as mensagens a serem transmitidas. Ou seja: são elementos do código oral. Numa redação usa-se o código escrito. A questão é que, para o texto ser devidamente interpretado por quem o lerá, não se pode criar um código escrito qualquer: é preciso usar o mais adequado para a finalidade almejada. Basicamente, as diferenças são as seguintes:


- Código oral: a pessoa que fala usa a voz e a pessoa que ouve usa os ouvidos, mas ambas trocam informações imediatamente e num mesmo contexto.

- Código escrito: o informante escreve a mensagem que será lida pelo recetor.


O código escrito é essencialmente a própria redação. O leitor será o decifrador do código. Nele a estrura e a composição do parágrafo devem se relacionar com as ideias que se quer expressar. Para isto, é importante observar as diferenças entre um parágrafo e um período (leia aqui.). É preciso lembrar que as frases e as orações também são coisas diferentes. Uma frase é uma sequência de palavras com sentido completo. Uma oração é um conjunto de palavras estruturado em torno de um verbo enfatizando o sentido da frase. 
Há situações em que um período pode ocupar todo o parágrafo, mas isto não significa que período e parágrafo sejam a mesma coisa. Veja o exemplo abaixo:


Três frases:

- Aquilo era um carro.
- Não era um carro comum.
- Era um veículo antigo e raro.


Colocadas em sequência, estas frases formam o seguinte período:

Aquilo era um carro. Não era um carro comum. Era um veículo antigo e raro.

Cada frase tem um sentido completo, o qual é ampliado pelo sentido da frase seguinte. Isto forma todo o sentido do período. O que o diferencia do parágrafo é a estrutura lógica estabelecida pela pontuação entre as frases - ainda que todo o parágrafo seja apenas um período.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Resultado da quarta enquente

Dois leitores participaram da quarta enquete, que permaneceu "no ar". A pergunta desta vez foi a seguinte: 



a) A maioria dos brasileiros gostam do Carnaval.
b) Não se podem confiar nas pessoas que não conhecemos.
c) A maioria dos eleitores comparece às zonas eleitorais no último dia das eleições.
d) A maioria dos frequentadores das praias capixabas são mineiros.

Qual das alternativas acima é a correta.

Apenas um dos dois participantes escolheu a resposta certa: a altenativa "c" ("A maioria dos eleitores comparece às zonas eleitorais no último dia das eleições." ). Embora a palavra "eleitores" esteja no plural, o sujeito da oração, "a maioria dos eleitores", é uma unidade. Portanto, o verbo principal, relacionado ao sujeito, deve estar de acordo com a forma singular. 
Pela mesma razão, a alternativa "a" está incorreta. A forma correta é "A maioria dos brasleiros gosta de carnaval.
Na alterantiva "b", a forma correta seria "Não se pode confiar nas pessoas que não conhecemos." ou "Não podemos confiar nas pessoas que não conhecemos."
Na alternativa "d", há duas possibilidades de se escrever corretamente: "A maioria dos frequentadores das praias capixabas é mineira.", porque o sujeito ("A maioria") está nas formas singular e feminina, ou "A maioria dos frequentadores das praias capixabas é de mineiros."
A quinta enquete já está à sua disposição. É sobre palavras análogas, e você está convidado a respondê-la. Desde já, obrigado pela sua participação. 

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Significados de "Palavra", "Vocábulo", "Termo" e "Expressão".

Saber os significados específicos
destas três coisas
pode ajudar muito
numa redação. 



Temos uma forte tendência em acreditar que "palavra", "vocábulo" e "termo" são sinônimos - ou seja, que tem o mesmo significado. Isto não é verdade. Uma palavra pode ser interpretada sob os aspectos fônico, mórfico e frásico. O fônico é relativo à voz e ao som. O mórfico se refere à forma da palavra e, ao mesmo tempo, às formas de pensamento ou sentimento que se pode perceber através da palavra. O frásico é referente ao significado da palavra no contexto da frase. 
Quanto ao aspecto fônico, a palavra é vista como um conjunto de fonemas e sílabas podendo ter ou não ter tonicidade. No aspecto mórfico, a palavra se revela como unidade de significação lexical ou gramatical. A significação lexical está relacionada a condições externas, ao ambiente social, à interação social realizada por meio de um idioma. A significação gramatical se restringe às regras da gramática. 
O vocábulo é uma palavra considerada apenas quanto à sua forma vocal. Ou seja, quanto à sua pronúncia. O vocábulo contém partes átonas, que são sílabas sem acento de intensidade. Muitos vocábulos são pronomes oblíquos e artigos que se unem a outros para originar um termo fonético. Há também vocábulos que são conjunções e preposições. Em resumo, o vocábulo é o nome que se dá à palavra quanto ao som e quanto às letras.
O termo é a palavra referente à situação em que algo se encontra. São exemplos os termos de um contrato, termos de responsabilidade, etc. Designa também expressões próprias de determinadas áreas profissionais ou de conhecimento: termos médicos, científicos, geográficos, matemáticos, históricos, etc. O termo é, em síntese, uma palavra que tem uma função dentro de uma 
oração.
A expressão pode ser uma palavra ou um conjunto de palavras representando um pensamento. É também toda palavra que revele algo sobre quem a diz: expressão de alegria ou de tristeza, de dor ou de alívio. Também representa a fluência de uma pessoa ao falar ou redigir. Leia mais sobre expressões aqui: 
Conectivos ou Elementos de Conexão.

Fontes: 

Significados de "Palavra", "Vocábulo", "Termo" e "Expressão".

Saber os significados específicos
destas três coisas
pode ajudar muito
numa redação. 



Temos uma forte tendência em acreditar que "palavra", "vocábulo" e "termo" são sinônimos - ou seja, que tem o mesmo significado. Isto não é verdade. Uma palavra pode ser interpretada sob os aspectos fônico, mórfico e frásico. O fônico é relativo à voz e ao som. O mórfico se refere à forma da palavra e, ao mesmo tempo, às formas de pensamento ou sentimento que se pode perceber através da palavra. O frásico é referente ao significado da palavra no contexto da frase. 
Quanto ao aspecto fônico, a palavra é vista como um conjunto de fonemas e sílabas podendo ter ou não ter tonicidade. No aspecto mórfico, a palavra se revela como unidade de significação lexical ou gramatical. A significação lexical está relacionada a condições externas, ao ambiente social, à interação social realizada por meio de um idioma. A significação gramatical se restringe às regras da gramática. 
O vocábulo é uma palavra considerada apenas quanto à sua forma vocal. Ou seja, quanto à sua pronúncia. O vocábulo contém partes átonas, que são sílabas sem acento de intensidade. Muitos vocábulos são pronomes oblíquos e artigos que se unem a outros para originar um termo fonético. Há também vocábulos que são conjunções e preposições. Em resumo, o vocábulo é o nome que se dá à palavra quanto ao som e quanto às letras.
O termo é a palavra referente à situação em que algo se encontra. São exemplos os termos de um contrato, termos de responsabilidade, etc. Designa também expressões próprias de determinadas áreas profissionais ou de conhecimento: termos médicos, científicos, geográficos, matemáticos, históricos, etc. O termo é, em síntese, uma palavra que tem uma função dentro de uma 
oração.
A expressão pode ser uma palavra ou um conjunto de palavras representando um pensamento. É também toda palavra que revele algo sobre quem a diz: expressão de alegria ou de tristeza, de dor ou de alívio. Também representa a fluência de uma pessoa ao falar ou redigir. Leia mais sobre expressões aqui: 
Conectivos ou Elementos de Conexão.

Fontes: