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terça-feira, 29 de julho de 2014

Cinco Regras Simples para Evitar Erros Comuns em Redações

Os leitores mais assíduos do Redafácil 
dizem que tem dificuldades quanto à argumentação.




Entretanto, é preciso também terem cuidado com as palavras homófonas (leia o artigo anterior) e muitos outros detalhes que geralmente causam confusão durante a redação. Muitos desses erros não são cometidos apenas pelos estudantes nas provas; acreditem ou não, eles são muito frequentes até nos jornais mais renomados do Brasil, mas podem - e devem - ser evitados.
Já publiquei outros artigos neste blog referindo-me à argumentação, mas não custa relembrarmos alguns pontos básicos. "Argumentar" é simplesmente explicar uma opinião, um ponto de vista. Numa redação, essa explicação pode ser feita através de uma descrição. Portanto, para facilitar sua argumentação, basta que você descreva seu ponto de vista sobre o tema da redação. É claro que, para isto, você precisa estar bem informado sobre o tema, e isto me leva a lhe fazer a mesma recomendação de sempre: veja quais são os temas apontados como os mais prováveis para redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) deste ano - que, como vocês sabem, ocorrerá em novembro - e assista a noticiários na TV, ouça os das rádios, leia jornais, revistas, enfim informe-se tanto quanto lhe for possível. Quanto mais você obter informações sobre o que acontece no país e no mundo, melhor será para você. Desta forma, argumentar será muito fácil, já que para isto você terá apenas que utilizar as informações que possui e usá-las para expor na redação suas opiniões e conclusões. Resumindo: a argumentação não é nenhum "bicho de sete cabeças", basta apenas que você esteja bem informado.
O segundo problema mais apontado pelos meus próprios leitores é quanto à dissertação. Este também é um problema simples de ser resolvido. No caso do Enem, o conhecimento das "cinco competências" avaliadas pelos corretores das redações ajuda muito. São elas:

  1. Domínio do idioma.
    É claro que, ao se expressar por escrito, você não pode utilizar a mesma linguagem que usa ao falar quando conversa com amigos, quando expõe uma opinião, responde a uma pergunta, etc. O objetivo desta competência é verificar sua capacidade de diferenciar registros orais e escritos do idioma (neste caso, a língua portuguesa). Portanto, esteja atento a alguns detalhes. Por exemplo, ao invés de escrever "eu tive na festa de aniversário de um amigo", escreva "eu estive na festa de aniversário de um amigo" ou "eu fui à fasta de aniversário de um amigo". Evite "fui na cidade" e escreva "fui à cidade".
    Evite gírias. Numa conversa informal, elas não tem nada demais, mas numa redação elas são inconvenientes. Jamais use "o cara", "tipo assim", "Sabe comé", etc. Também evite expressões como "Sabe como?", "entendeu?", "entende?", "né", etc. 
    Muita gente diz "mas eu tenho minha própria maneira de me expressar. Lembre-se que sua maneira pessoal de se expressar funciona bem quando você conversa com seus amigos, mas não na sua redação. O corretor que lerá sua redação não conhece você e terá que avaliar a "forma de se expressar" de muita gente. Para ele, isto significa perda de tempo, pois ele tem muitas redações para corrigir. Portanto é preciso você escrever corretamente para facilitar as coisas para ele e para você. Como a clareza na redação é fundamental, além de evitar gírias, é preciso também evitar palavras muito incomuns. Limite-se a usar uma linguagem comum e correta.

  2. Adequação ao tema proposto.
    O objetivo desta competência é fazer o aluno mostrar que ele sabe o que é um texto dissertativo e que entendeu o tema proposto. Muitos alunos admitem que, sem querer, se desviam do assunto - ou, como eles mesmos dizem, "fogem do tema". Para evitar isto, basta ler atentamente os "artigos de apoio" que vem na prova. Eles existem para isto. Muitos alunos acham que, como terão um tempo de cinco horas e meia para responder a 90 questões e ainda escrever uma redação, acham que perderão tempo lendo os textos de apoio. Na verdade, ocorre o contrário: os argumentos que ele apresentará nos textos de apoio ajudarão o corretor a  perceber se o aluno compreendeu as informações principais. Se o aluno o ler, ganha tempo. Se não o ler, perde tempo e pontos.

  3. Apresentação de propostas para soluções.
    É claro que as propostas precisam realistas. O problema, neste caso, é saber o que é uma proposta realista para o aluno e o que é uma proposta realista para o corretor. Entretanto, isto pode ser facilmente resolvido da seguinte forma:
    Apresente sua proposta por meio de um "passo a passo". Baseie sua proposta em cada um dos pontos abordados na argumentação. Isto lhe ajudará a concluir sua dissertação sem mostrar sua indiferença. Obviamente o corretor terá que respeitar sua opinião sobre o tema, mesmo que ela seja diferente da dele, mas se ele perceber ausência da sua opinião, não terá como lhe dar pontos. Portanto, isto significaria perda de pontos para você. Evite frases do tipo "não há solução", "é sempre assim mesmo", pois pensamentos assim demonstram incapacidade de demonstrar exatamente o que eles querem de você: propostas.

  4. Como argumentar.
    Já abordei sobre isto no início deste artigo, mas posso acrescentar mais alguns lembretes: utilize suas próprias ideias, não copie passagens de outros textos e tente expor explicações convencíveis. Escrever corretamente é fundamentalmente importante, mas "escrever corretamente" não significa apenas demonstrar bom domínio ortográfico e gramatical. Significa também saber adequar sua argumentação ao que está sendo solicitado em relação ao tema proposto na prova. Os argumentos são importantes para a redação assim como os pilares são importantes para a sustentação de uma ponte ou um viaduto. Esses "pilares" da redação são exatamente os conhecimentos acumulados através das informações que se obtém, como eu já disse antes, assistindo a noticiários, lendo jornais, etc.

  5. Como evitar erros ortográficos e gramaticais.
    Isto é bem mais simples do que parece. O cultivo do hábito de ler bastante e escrever muito sempre lhe ajudará a se familiarizar cada vez mais com as palavras ortograficamente corretas e com os acertos gramaticais. Adicione a isto o hábito de estudar gramática. Não precisa tentar estudar a gramática inteira. Basta escolher, no índice da gramática que você deve ter em casa (toda família precisa ter em casa uma excelente gramática e um excelente dicionário da Língua Portuguesa), os pontos nos quais você tem mais dificuldade e dedicar-se a estudá-los. Peça ao seu professor de língua portuguesa para lhe auxiliar quanto a isto.